quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Notas curtas

Baixe e leia livros em qualquer lugar

A Amazon lançou, no dia 19, o Kindle, um leitor portátil de livros digitais com serviço gratuito de wireless Ao preço de U$399, ele pesa 280g e tem a espessura de um lápis.

TV Digital

Os conversores de TV Digital chegam às lojas de São Paulo na próxima semana. As transmissões iniciam no dia 02/12. O modelo mais barato, da Positivo, sai por R$499,00.


Use a força!

No dia 30 será lançado o acessório “Wii light sword”, um sabre de luz para o Wii. As luzes acompanham os golpes de “Star Wars: force unleashed”. O preço: £14,99.

Inscrições para o vestibular

Estão abertas até o dia 6/12 as inscrições para o Vestibular Verão 2008 da UCPel. São ao todo 1.574 vagas, em 32 cursos. As provas serão no dia 10/12. O primeiro colocado de cada curso ganha bolsa integral. Informações e inscrições no site ucpel.tche.br/vestibular.

Prêmio Vestibular

A grande novidade do Vestibular Verão 2008 da UCPel é o Prêmio Vestibular. Uma bolsa integral será oferecida para os primeiros colocados em cada curso. Mas atenção: a premiação só vale para quem, além de tirar 1º lugar, obtiver pelo menos média 8,0 na prova, e for do Rio Grande do Sul. As inscrições para o vestibular vão até o dia 6/12.

Novo curso na UCPel: Gestão Hospitalar

Dentre os novos cursos da UCPel para o próximo semestre está o de Tecnologia em Gestão Hospitalar. A graduação tecnológica tem duração de 5 semestres e visa formar profissionais qualificados para aperfeiçoar a gestão hospitalar. As inscrições para o vestibular da UCPel vão até o dia 6/12.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Por que uma palestra com a moça do tempo?

Alunos de Projeto Experimental promoveram palestra com Paula Valdez na ECOS


Paula Valdez na ECOS


A jornalista da RBS Paula Valdez esteve nesta segunda-feira, 12 de novembro, para fazer uma palestra para os alunos da Escola de Comunicação Social da UCPel. A palestra é o Projeto Experimental dos alunos Marcelo Souto, Vinicius Peraça e Tiago Gonçalves, sob a orientação do professor Sadi Sapper.

Em Projeto Experimental I, os alunos Vinícius e Marcelo planejaram fazer um jornal impresso. Mas neste semestre, em Projeto Experimental II, os dois se juntaram a Tiago, e resolveram fazer uma palestra.


os alunos Marcelo Souto, Vinícius Peraça e Tiago Gonçalves


O projeto inicialmente era para ser uma palestra com o jornalista Marcelo Cosme, de Rio Grande. “Mas ele não pôde vir, e indicou a Paula”, explicou Marcelo.

A idéia era trazer um profissional, para que os alunos pudessem ter uma visão do mercado. “Tem muita palestra na ECOS, mas dificilmente com alguém do mercado. O pessoal quer saber como é”, justificou Vinícius.

Ao todo, mais de 60 alunos se inscreveram para assistir à palestra. A taxa de R$3,00 para a inscrição foi abolida quando os alunos organizadores do evento perceberam que, a duas horas da palestra, apenas 3 alunos haviam se inscrito. Para acabar com a taxa, os alunos contaram com o apoio do diretor da ECOS, professor Jairo Sanguiné, que se encarregou de fazer os certificados.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Teorias do jornalismo e jornalismo online

Matéria: Sobe para três número de mortos em queda de helicóptero em SP

Forças

Análise a partir da fórmula proposta por Jorge Pedro Sousa, em Por que as notícias são como são?.

N = f (Fp.Fso.Fseo.Fi.Fc.Fh.Fmf.Fdt)


Força pessoal (Fp) - não há pessoas famosas na matéria; mas o impacto da força pessoal pode ser notado a partir do anúncio do nome e da quantidade de mortos e feridos.
Força social organizacional e extraorganizacional (Fso e Fseo) - o impacto social está no fato de que caíram várias aeronaves - e isso pode deixar as pessoas alerta/atormentá-las
Força ideológica (Fi) - talvez a notícia tenha recebido destaque (estava na capa do site; matéria principal) por conta dos recentes graves acidentes aéreos no país e da recorrência do caos aéreo. Havia interesse para a empresa em noticiar isso, na medida em que as pessoas se sentem curiosas a clicar na notícia e impelidas a ler sobre o fato, principalmente qunado o assunto é algo relativamente recorrente para o contexto do país.
Força cultural (Fc) - país abalado por recentes grandes tragédias aéreas; as pessoas têm a tendência a incluir esses três novos acidentes dentro do mesmo contexto dos demais problemas aéreos (construção da significação do mundo).
Força histórica (Fh) - a queda de um helicóptero não teria relevância histórica; mas o fato de terem caído 3 em 2 horas em uma região geográfica limitada faz com que o fato adquira relevância. Outro elemento que contribui para a historicidade do fato são os acidentes anteriores ocorridos no país (alguns deles linkados ao final da matéria).
Força do meio físico (Fmf) - a Internet permite reunir textos, fotos e links... há uma foto da aeronave destruída e de um corpo sendo retirado dos escombros. Links apontando para matérias sobre outros acidentes aéreos é algo que só ocorre no hipertexto da Internet.
Força dos dispositivos tecnológicos (Fdt) - a Folha Online redistribui seu conteúdo pela Agência Folha, e a mesma informação é veiculada em outros sites; há ainda republicação em blogs.

Análise do discurso jornalístico

Função testemunhal - o texto é apresentado em terceira pessoa: os acidentes aconteceram, as pessoas morreram - e não sob a ótica de um eventual repórter que tenha acompanhado o fato.
Confirmação da aliança social e vigilância - o jornalismo nos informa que houve acidentes... nos informa sobre os fatos do mundo.
Desenho do espaço social - o número de quedas de helicópteros não é alto sempre? Só virou notícia porque foram três logo em seguida e bastante próximos um do outro? As pessoas saberiam pela mídia que as aeronaves caíram não fosse o fato de que tenham ocorrido logo três acidentes??? Essas questões servem para demonstrar o quanto o jornalismo contribui para o desenho do espaço social...

Fait Divers

A notícia causa sensações na medida em que fala de queda de aeronaves e mortes.
Coincidência por repetição: caíram três helicópteros; no acidente em destaque, foram ao todo três mortos.
Causa esperada: uma das aeronaves que caiu "estava sem seguro e não poderia voar". Com relação ao fato de serem três acidentes em seqüência, também pode-se dizer que tenha havido causa perturbadora (como foram cair três helicópteros em um curto espaço de tempo???).

Newsmaking e gatekeeping

A matéria é de produção própria do veículo (e não proveniente de agência de notícias), o que faz com que tenha se submetido a um processo de newsmaking (as notícias da Folha Online obedecem todas a um padrão mais ou menos estável, pelo menos em termos de forma – apresentação de fato novo + retomada de fatos recentes relacionados + outros fatos relevantes + link para matérias semelhantes). A matéria não é assinada, pode ter sido escrita por mais de uma pessoa, conjuntamente. Alguém decidiu colocá-la na capa do site, logo, teve intervenção também do webmaster (vários podem ter exercido o papel de gatekeeping). Se fosse uma matéria de agência de notícias, o papel do gatekeeper seria o de apenas incluir ou não a notícia no rol de notícias do site... (fazendo as devidas formatações/adaptações).

Teorias do jornalismo e aplicação para o JOL

Pela teoria do gatekeeper, os editores dos jornais são quem determinam o que é notícia. A eles cabe a tarefa de controlar o ‘portão’ das informações, deixando passar determinados fatos, e barrando outros. Essa visão se adapta perfeitamente a veículos tradicionais, submetidos a limitações de espaço e de tempo (nem tudo cabe em uma edição de jornal impresso, e, por isso, faz sentido barrar determinadas informações, para poder conferir mais espaço a outras). No jornalismo online, não faz sentido a figura de uma só pessoa atuando como gatekeeper. Como conseqüência, têm-se múltiplos gatekeepers, ou até mesmo uma modificação no papel de selecionar as notícias.
Alguns exemplos de como a função do gatekeeper muda no jornalismo online:
- No Google News, há um robô que agrega as notícias todas em um mesmo espaço, procurando também juntar as que tratem sobre um mesmo assunto. O resultado é um “gatekeeper” automatizado, que seleciona o que iremos ler, e ainda determina as notícias que aparecerão primeiro (a máquina determinando o que o homem irá ler; a máquina como gatekeeper).
- Dada a facilidade de publicação, muitas vezes os despachos de agências de notícias são publicados na íntegra pelos jornais online. O papel de colocar os despachos no ar, geralmente, cabe a estagiários, que precisam apenas verificar que a notícia já não foi dada antes, e então colocar o despacho em meio às últimas notícias. Quando isso acontece, o próprio estagiário está atuando como gatekeeper – claro que supervisionado por editores superiores, ou gatekeepers dos gatekeepers.
- Geralmente, a pessoa que administra a capa do site não é a mesma que redige os textos. Assim, a tarefa de decidir quais notícias irão para a página inicial de um jornal online também é papel de um outro gatekeeper.
- Sites de webjornalismo participativo abrem espaço para formas de gatewatching (e não gatekeeping), na medida em que o editor apenas organiza e hierarquiza o material recebido, permitindo a publicação de quase tudo o que entra em termos de colaboração.
- A forma de selecionar textos em blogs [“jornalísticos”, ou com conteúdo jornalístico, ou feito por jornalistas] também é diferente, e depende em grande parte da subjetividade do próprio autor do blog (quem escreve é seu próprio gatekeeper).
- No Terra, pelo menos em 2004, o sistema de publicação de notícias provenientes de agências era automatizado – o despacho entrava automaticamente nas últimas notícias, e, só então, alguém (provavelmente, o estagiário) ia lá e verificava se o texto tinha condições de continuar ali, e, em caso afirmativo, para qual editoria ele iria (co-gatekeeping entre robô e estagiário? :P).
- Por fim, os próprios leitores podem atuar como gatekeeping, na medida em que escolhem seus caminhos pelo hipertexto.