terça-feira, 28 de agosto de 2007

Orkut lança novo design

MATÉRIA INFORMATIVA

[Rascunho]

Mudança no visual já pode ser vista por uma parcela dos usuários; site muda para todos a partir da próxima semana


novo visual do orkut


Desde o dia 23 de agosto, quinta-feira, uma parte dos usuários do Orkut tem acesso ao novo visual do site de relacionamentos. Esses usuários foram escolhidos aleatoriamente. A partir da próxima semana, todos os usuários do Orkut poderão acessar a página com o novo visual. A mundaça foi anunciada no blog oficial do Orkut.

A cor azul, marca registrada do Orkut, permanece. Mudaram ícones e formas. A idéia de simplicidade, comum a todas as outras ferramentas Google, procurou ser mantida. Também há mudanças no modo de disposição das informações no site.

A mudança no design faz parte das transformações graduais que a rede social vem sofrendo desde a sua implementação. Em 2005, o site foi traduzido para 12 idiomas – incluindo o português. A partir de 2006, o Orkut recebeu novos recursos, como a integração com o Google Talk e a possibilidade de se incluir vídeos e feeds no perfil.

Orkut tem novo visual

MATÉRIA INTERPRETATIVA

[Rascunho]

página de relacionamentos muda visual após três anos com o mesmo layout


conheça o novo visual do orkut


Desde o dia 23 de agosto, quinta-feira, o Orkut apresenta mudanças em seu visual. As alterações são, em sua maioria, apenas de cunho estético: não mexem na função da ferramenta. Mas podem contribuir para alterar a percepção do usuário ao acessar o produto.

Desde seu lançamento, em 2004, o Orkut permanecia com praticamente o mesmo layout. Pequenas alterações no visual foram feitas ao longo dos últimos três anos, mas nenhuma delas tinha modificado, até então, o constante fundo azul e a forma de exibição dos ícones.

Com as mudanças, agora, o Orkut passa a ter um visual estilo Web 2.0.

Segundo Tim O’Reilly, a Web 2.0 é uma plataforma de construção de sites baseada na interação. O termo se refere ao modo como certas páginas da Internet passaram a ser produzidas após mais ou menos o ano 2000, privilegiando a participação do usuário, e não a geração de conteúdo. Como a palavra passou a conotar modernismo e novidade, passou-se a associar também o termo ao visual padrão de páginas que adotassem esse modelo. Assim, elementos como construções em Ajax, cantos arredondados, sombreamentos e ícones em 3D passaram a ser associados à idéia de Web 2.0.

O novo visual do Orkut apresenta cantos arredondados, sombreamentos e novos ícones. As outras páginas do Google costumam ter um visual enxuto – costuma-se privilegiar o conteúdo em detrimento do layout. O site do Orkut é um dos poucos que foge à regra. E o novo visual o afasta ainda mais do visual das outras ferramentas Google.

Também há mudanças na arquitetura de informação do Orkut. Segundo o blog oficial do site, as seções consideradas mais acessadas – página de recados, amigos e comunidades – receberam destaque ao serem colocadas em uma barra bem no alto da página. Já informações menos relevantes – e que antes se encontravam no topo da página – migraram para uma barra secundária na parte inferior do site.

A arquitetura de informação diz respeito ao modo de disposição de elementos em uma página, de forma a fazer com que o usuário consiga se localizar no site. Uma arquitetura de informação eficaz é aquela construída com foco no usuário.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Orkut muda, mas continua igual

MATÉRIA OPINATIVA

[Rascunho]

Google faz suspense exagerado quanto ao novo layout do produto


muda o visual, segue o mesmo site


Aos poucos, os primeiros grupos de usuários selecionados aleatoriamente já podem acessar o Orkut com o novo visual. A mudança foi anunciada no dia 23 de agosto, quinta-feira, no blog oficial do site, como uma grande transformação. Entretanto, não há nada de inovador em seguir as tendências gerais da Web 2.0 – e com pelo menos um ano de atraso.

Segue o azul monótono, entra um pouco mais de branco. Cantos arrendondados, acabamentos suaves, barras em 3D e sombreamentos são algumas das “novidades”. As mudanças prendem-se a aspectos meramente formais. De inovador mesmo talvez tenha o fato de que as informações mudaram de lugar. Agora, as principais ferramentas do Orkut – página de recados, amigos e comunidades - aparecem logo no topo da página, e informações adicionais, como novidades e ajuda, migraram para uma barra na parte inferior do site.

A idéia de simplicidade foi mantida. Mas seria perfeitamente possível manter a simplicidade, e trazer alterações relevantes. Com tantos produtos do Google, seria possível fazer integrações interessantes – algo que fosse além da mera possibilidade de anexar vídeos e feeds ao perfil. Algo como poder criar um perfil que pudesse atuar como uma verdadeira página inicial. Algo como o que faz o Facebook.

domingo, 26 de agosto de 2007

Alunos da ECOS apresentam trabalhos no Intercom

Evento ocorre de 30 de agosto a 2 de setembro em Santos, São Paulo



logo da 30ª edição do evento


Na próxima semana, quatro mil pessoas são esperadas em Santos, São Paulo, para a 30ª edição do Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. O evento é promovido anualmente pela Intercom - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, e este ano terá como tema “Mercado e Comunicação na Sociedade Digital”.

Dezenas de alunos da Escola de Comunicação Social da UCPel também se preparam para participar do Intercom deste ano. Ao todo, os alunos da ECOS participam com nove trabalhos no Intercom Júnior, dois no Expocom e dois no Altercom. Alunos de graduação participam do Intercom Júnior e do Expocom. Já o Altercom é para graduados e pós-graduandos.

O alto índice de participação de alunos evidencia o aumento da produção científica da instituição, que vem se consolidando no cenário estadual e nacional como celeiro de jovens talentos. Os alunos têm reconhecido a importância de participar de eventos acadêmicos como uma forma de complementar sua formação.

Na ECOS, os estudantes encontram um grande incentivo à produção científica, “em especial na área de cibercultura” - é o que constata o aluno Rafael Varela, do 8° semestre de Jornalismo, e que este ano apresentará o trabalho Capital Social em Memes do Orkut.

Para Jandré Batista, aluno do 4° semestre de Jornalismo da ECOS e que apresenta pela primeira vez um trabalho no Intercom, “é importante participar [do Intercom] para se complementar o que é passado em sala de aula. É uma oportunidade de nos aprofundarmos em áreas específicas de nosso interesse e até mesmo de nos ‘acharmos’ na área”. Jandré apresentará o trabalho Um relato fotoetnográfico com vistas ao desenvolvimento sustentável e étnico da sociedade ilhéu documentada. O caso dos produtos hortifrutigranjeiros produzidos na Ilha dos Marinheiros no Intercom Júnior. A pesquisa integra o Projeto Fotográfico Ilha dos Marinheiros.

Por ser sua primeira apresentação de trabalho em congressos, ele está apreensivo. “Naturalmente estou bastante ansioso, mas a expectativa é das melhores, espero que eu consiga fazer um boa apresentação”, disse Jandré.


Intercâmbio de saberes

Além de propiciar um ambiente para que os alunos possam aprofundar conhecimentos, congressos acadêmicos como o Intercom também propiciam um intercâmbio de saberes entre jovens e mestres. De certa forma, todos têm a chance de compartilhar seus conhecimentos e contribuir para o avanço da ciência da comunicação. Mas essa responsabilidade também gera um certo grau de preocupação.

“As pesquisas sobre o Second Life são muito recentes, por isso, estou apreensiva quanto a recepção do nosso trabalho”, preocupa-se Alessa Rovere, aluna do 7° semestre de Jornalismo da ECOS, que apresentará o trabalho Uma proposta do uso do Second Life como ferramenta educacional no Intercom Júnior.

Mesmo assim, a jovem não desanima. “Espero que ele sirva para incentivar nossos colegas acadêmicos a pesquisar sobre o uso do Second Life não só na educação, mas também na adaptação do programa para servir como ferramenta de comunicação”, disse Alessa.


a estudante Alessa Rovere


Já Rafael espera “que os resultados dos estudos de memes no Orkut possam ser de valia para outros colegas que pesquisam na área de cibercultura, assim como possam trazer resultados relevantes para sociedade, com base nos dados oriundos do comportamento dos usuários pesquisados”. Dentro da perspectiva do intercâmbio de saberes, ele também deseja “que isso possa permitir que a pesquisa seja aprofundada por outros acadêmicos ou mesmo com fins para outras linhas de pesquisa”.

No fundo, o que esses jovens desejam é poder contribuir de alguma forma para o avanço do conhecimento científico. E a participação em eventos como o Intercom pode servir para eles como porta de entrada para o mundo das Ciências da Comunicação.


Refeições para todos os gostos

O cardápio do congresso anual da Intercom é bem variado. Há uma série de eventos acontecendo ao mesmo tempo. O prato principal é o CECOM, Ciclo de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, que este ano encontra-se em sua 30ª edição. Mas isso só vai acontecer na manhã do dia 31 de agosto, sexta-feira. Para os outros dias, há outros eventos.

Como aperitivos, há o Colóquio Binacional, ainda no dia 29 de agosto, quarta-feira, e o Bibliocom (mostra de livros). Nesse mesmo dia começa a Educomídia (feira de livros), que se estende até o final do congresso.

A entrada é composta por Oficinas Intercom, dia 30 de agosto, quinta-feira, seguidas de uma boa dose de eventos variados (como Multicom, Publicom, Altercom, LusoRevcom entre outros) a partir do dai 31 de agosto, sexta-feira.

Como acompanhamentos ao prato principal, há o Expocom, o Intercom Júnior, o Endocom e o Encontro dos Núcleos de Pesquisa, cujas atividades principais se concentram nos dois últimos dias de evento (1° e 2 de setembro, sábado e domingo).

Alunos de graduação apresentam seus trabalhos (em geral, para outros alunos de graduação) no Expocom e no Intercom Júnior. O Expocom é uma mostra competitiva de trabalhos práticos experimentais. Os finalistas já passaram por triagem regional prévia, e, neste ano, a ECOS concorre em duas categorias (Jornal e Pesquisa de Opinião). Já o Intercom Júnior é o espaço para que os alunos apresentem relatos de pesquisas de iniciação científica. A ECOS participa com nove trabalhos, em áreas variadas, que vão de fotografia a redes sociais na Internet.

Como sobremesa, na noite do último dia de evento, há a cerimônia de entrega dos prêmios do Expocom, seguida da solenidade de encerramento do congresso.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Entenda a escala Saffir-Simpson

A escala Saffir-Simpson é uma escala para furacões que vai de 1 a 5, sendo 5 o mais intenso. O índice é calculado com base na intensidade de um furacão em um determinado momento. Essa escala é usada para dar uma estimativa do potencial de dano esperado para uma costa durante uma tempestade. A velocidade do vento é o fator determinante nessa escala. Também são levados em conta a pressão e a elevação em relação ao nível do mar.

Os níveis:

Nível 1
Ventos de 119 a 153km/h
Em geral, não causa danos à estrutura dos prédios. Pode danificar levemente casas móveis, árvores e cabanas.

Nível 2
Ventos de 154 a 177km/h
Causa danos maiores a casas móveis, árvores e cabanas. Pode causar pequenos estragos em estruturas de construções mais fortes, como arrancar partes de telhados ou quebrar janelas.

Nível 3
Ventos de 178 a 209km/h
Pode causar danos estruturais em pequenas habitações. Casas móveis, cabanas e árvores podem ser destruídas.

Nível 4
Ventos de 210-249km/h
Causa danos estruturais mais graves em pequenas habitações. Cabanas, árvores e placas de sinalização são derrubados. Há grande destruição de portas e janelas.

Nível 5
Ventos acima de 249km/h
Destrói telhados de casas e prédios. Há riscos de desabamentos. Foi o nível dos furacões Katrina e Wilma, ambos de 2005.

Fonte: National Hurricane Center/USA

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Furacão Dean atinge Jamaica

Após causar destruição na Jamaica, furacão segue em direção ao México



Ventos fortes derrubam árvores na Jamaica


O furacão Dean, primeira grande tempestade desta temporada de furacões, atingiu a costa da Jamaica ontem, 19 de agosto. A tempestade, que alcançou a categoria 4 na escala Saffir-Simpson, poderá chegar ao nível 5 amanhã, terça-feira, quando deverá atingir o México.

Ventos de até 230 km/h provocaram destruição na Jamaica. O vento derrubou árvores em Kingston, capital da Jamaica, e provocou a morte de uma pessoa, em Gold Mine, na província de Clarendon.

O governo decretou estado de emergência no país por 30 dias. Pelo menos 3 mil pessoas permanecem em abrigos.

A passagem do furacão Dean também evidenciou a participação de cidadãos na produção e distribuição de informação pela internet.

Um exército de cidadãos jornalistas

Furacão Dean mostra a força do jornalismo colaborativo


Moradores das áreas afetadas pela passagem do Furacão Dean (com intensidade 4 na escala Saffir-Simpson e que deverá atingir o México na manhã de terça-feira, 21 de agosto) têm utilizado-se de ferramentas de colaboração para informar às demais pessoas em tempo real sobre a situação do clima e do trânsito em suas localidades.

O mesmo fenômeno já tinha sido observado durante a passagem do furacão Katrina, em 2005, em Nova Orleans. As pessoas se valem das ferramentas disponibilizadas pela rede e da facilidade de comunicação permitida por dispositivos móveis de comunicação, como celular e computador, para repassar informações que possam ser úteis para outras pessoas. Dessa forma, conseguem dar a informação até mesmo antes da grande mídia, e de forma hiperlocalizada, com preocupação com as questões locais que estão enfrentando.


Alguns exemplos de conteúdo colaborativo sobre a passagem do furacão Dean:

Blogs
Go-Jamaica Hurricane Dean Watch
Hurricane Dean Blog

Fotologs
Fotos de Robert Birkenes no Flickr
Grupo Hurricane Dean Jamaica no Flickr

Jornais
O jornal Jamaica Gleaner, o mais antigo em operação no país, solicita o envio de fotos por e-mail a partir de um quadro em destaque em sua página inicial.

Microblogs
Também há informação em tempo real sobre o furacão no Twitter.

O furacão em micropostagens

Ferramenta que permite publicações rápidas e curtas tem se mostrado eficaz para manter pessoas informadas durante tempestades



mensagem de TheJamaican no Twitter


O usuário TheJamaican questiona, a partir de sua página no Twitter, as informações dadas pela CNN sobre a passagem do furacão Dean pela Jamaica, seu país. A frase é escrita às pressas, e em um tamanho reduzido, por conta das limitações de espaço do microblog em questão.

Da mesma forma, agências de notícias como Reuters e BBC atualizam suas páginas minuto a minuto com pequeníssimas notas sobre a movimentação do furacão. A ferramenta StormTrack, especializada em tempestades, também utiliza o Twitter para passar informações sobre o furacão Dean de forma mais veloz.


mensagem de TheStormTrack.com no Twitter


A passagem do furacão Dean, dentre outras coisas, tem servido para mostrar o potencial do Twitter para funções bem diferentes da proposta inicial do site, de se dizer o que se está fazendo. A estrutura de atualizações rápidas e a integração com dispositivos móveis permitem que informações sejam dadas em tempo real. Isso faz do Twitter um espaço propício para propagação de dados recentes sobre o clima ou o trânsito, como o que acontece no caso do furacão.

Mais rápido que um blog, o microblog permite que um esboço da informação seja dado antes que uma postagem maior e mais detalhada seja produzida. E as atualizações podem ser feitas e recebidas através do celular, o que permite que as informações tenham mais chances de chegar aos destinatários finais, mesmo em caso de falta de luz – como é a situação de TheJamaican, que relata em sua breve atualização o fato de que está sem energia elétrica.

As atualizações do Twitter vêm se juntar às outras formas de participação dos cidadãos na divulgação do que acontece na catástrofe.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Gincana

1. Caderno de Cultura

Estréia no Brasil no dia 7 de setembro, sexta-feira, o filme Vira-Lata (Underdog, 2007). O filme conta a história de um cachorro que, graças a um acidente de laboratório, adquire super-poderes. A história narra as peripécias do cão como super-herói.
Site oficial
Trailer


Também no dia 7 de setembro, sexta-feira, tem a estréia do filme A Hora do Rush 3 (Rush Hour 3). O filme dá continuidade às aventuras de Jackie Chan e Chris Tucker, que desta vez encaram a máfia chinesa em Paris.
Site oficial
Trailer

Mais um livro da série Arthur será lançada pela Martins Editora em setembro. Trata-se da aventura Arthur e a guerra dos dois mundos, com lançamento previsto para o dia 30 de setembro. A obra é escrita por Luc Besson, com tradução de Renée Eve Levié. É a tradução da 4ª aventura do menino Arthur, que a cada jornada enfrenta um ser diferente.




2. Matéria sobre jogos online

Os jogos na internet não são só distração. Eles também contribuem para comunicar informações e acrescentar conhecimentos para o jogador. Jogos complexos como o Grow RPG exigem que o jogador online interaja com objetos e ambientes, testando reações. Nessa interação de estímulo-resposta, o interagente acaba aprendendo mais sobre o mundo.






3. Curiosidades

O ator inglês Christopher Lee, 80 anos, conhecido por seu papel de Saruman na trilogia do Senhor dos Anéis e Conde Dookan em Star Wars, também já atuou como cantor. Em dezembro de 2003, ele gravou uma participação especial em um álbum “Symphony of Enchanted Lands II – The Dark Secret” da banda de metal Rhapsody. Ele participa de diversas canções, como narrador, e canta em dueto com o vocalista Fabio Lione no single Magic of the Wizard’s Dream. Isso o torna um dos mais velhos metaleiros do mundo.




4. Entrevista

Entrevista com Tiago Casagrande, publicitário porto-alegrense que, junto com Leandro Gejfinbein, criou em 2005 a Verbeat Blogs, um condomínio de blogs caracterizado pela pluralidade de idéias e autores ali reunidos.
A entrevista foi feita pela Internet, por e-mail. Também foi utilizada a ferramenta Google Talk para o primeiro contato.

1) Como a mídia vê os blogs?

há alguns anos, com o "hype" dos blogs, toda mídia falou deles - e aí se criou um esterótipo de "diarinho virtual", no diminutivo mesmo. outra que usaram muito: "febre adolescente". nesse momento, blog era conteúdo; um era sinônimo do outro. os blogs popularizaram-se e firmaram um cenário bastante crítico, nos EUA, de viés político; das reflexões que a mídia fez sobre o papel que estes blogs vêm desempenhando (notadamente nas eleições presidenciais de lá), perceberam (finalmente) que blog não é conteúdo, e sim plataforma. o crescimento do grassroots journalism, por lá, também criou uma agenda - que foi, além de replicada aqui, dando força aos poucos bons diários de tecnologia brasileiros.
enquanto isso, a grande mídia vem tentando usar o blog pra não ficar atrás do concorrente, e sem saber muito o que fazer com um suporte que usa como base algo que ela não conhece - o feedback, o tempo real e a conversação.
os blogs muitas vezes oferecem uma informação de melhor qualidade do que a da grande mídia, e freqüentemente com mais velocidade. frente à isso, há também uma reação econômica - os blogs não tiram o espaço do jornalismo, mas podem afetar a venda de jornais. vistos como concorrentes, os blogs sofrem constante vigilância da mídia - que continua sem entender o que diabos eles são. e não entendem porque são mídia de massa, algo que um blog jamais vai ser. (ao menos, não usando o termo clássico de massa. o que é massa para um pós-moderno?)


2) Como blogueiro e publicitário, o que você achou da propaganda do Estadão?

embora a minha postura seja a mesma, como blogueiro e publicitário, diante da campanha do estadão, o fato de trabalhar como publicitário há 10 anos me fez analisar com um pouco mais de parcimônia a campanha. mas a diferenciação ajuda a ver os lados do case...
na opinião do publicitário, a campanha foi mal realizada. posso imaginar o briefing do cliente, o caminho dos profissionais pra desenvolver o mote e criar as peças - pra dizer que, no meio de tanta informação de baixa qualidade, o site do estadão é um porto seguro. a defesa do diretor de criação da Talent, a agencia da campanha (via blue bus, hoje), foi por aí. mas o resultado ficou longe disso. tanto que causou tanta celeuma. publicidade, quando precisa de explicação, é porque não deu certo - ou pelo menos para um público, já que tudo isso pode estar acontecendo ao mesmo tempo em que se tem recorde de acessos. mas é um público crítico, formador de opinião, e com certeza essa repercussão negativa fere a imagem do jornal. se tivessem arriscado alto, e assumido o viés altamente crítico, seria uma campanha agressiva e despropositada; como não foi (de novo, pela defesa do diretor de criação), ficou confusa, mal-intencionada e arrogante - além dos adjetivos anteriores.
como blogueiro, e como comunicador social (que está muito mais próximo desse do que o publicitário), achei acintosa a campanha porque ela fere a concepção de que a informação é livre e pode ser produzida por qualquer agente social. por acaso alguém que se veste de batman não pode ter boas opiniões sobre comportamento e psicologia? a internet é feita de humanos, humanos protegidos que publicam e editam o que desejam, e que tem tantas idiossicrasias como essa. enquanto a grande mídia justifica como crível um fato pela sua própria existência, uma página na internet se justifica no autor - um indivíduo. a campanha não distingue o bom do mau produtor de conteúdo; ela posiciona o Estadão versuso resto da internet, e agride porque o resto da internet são leitores potenciais do jornal.
por que agride? porque é a grande mídia interferindo num direito legítimo de comunicação. é a tentativa de ridicularizar o conteúdo gerado pelo usuário. o macaco que copia e cola é um blog de links interessantes. é o blog de algum apaixonado por videoclipes ingleses. e assim por diante. e aí vem um jornalão, com toda sua ideologia comercial embutida, tentar retomar o monopólio da informação na base da ridicularização?
é um tiro no pé.

Posts da Verbeat sobre o assunto:
Estadão e a Cretinice
Ainda sobre a campanha do Estadão




5. Informações para uso futuro
Presidente da Câmara dos Deputados – Arlindo Chinaglia (PT-SP) – dep.arlindochinaglia@camara.gov.br
Presidente do Senado – Renan Calheiros (PMDB-AL) – renan.calheiros@senador.gov.br

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Crítica de matéria

- Escolher uma matéria de qualquer veículo e fazer uma crítica do estilo dessa matéria.


Matéria analisada: TV digital dará mais audiência a novelas e séries, do Estadão

Em termos gerais, quanto à forma, a matéria está adaptada para leitura na tela no sentido de que possui parágrafos separados por linhas em branco, foto (recurso multimídia) para facilitar a escaneabilidade, manchete em fonte destacada do resto do texto, presença de linha de apoio, e tamanho total não superior a uma rolagem de tela. Não há palavras em destaque no meio do texto (o que facilitaria a escaneabilidade), nem links nas palavras (recurso de hipertexto). Mas há um bloco com links para outras matérias relacionadas do mesmo jornal ao final do primeiro parágrafo (que acaba chamando mais a atenção do que o resto do texto!). Há espaço para comentários (interatividade).

Quanto ao conteúdo, a relação manchete/linha de apoio é um tanto confusa. O lide também não deixa claro do que se trata a informação (porque não explica com clareza por que exatamente aumentaria a audiência de novelas e seriados, e também não explica com clareza de onde saiu essa informação). Assim, embora haja objetividade, falta um pouco de clareza - talvez se a informação estivesse disposta de uma forma mais organizada fosse possível compreendê-la com mais facilidade. Predominam frases em ordem direta.

A notícia se refere a algo que estaria acontecendo ‘hoje’, sem especificar o dia (“Está em fase de testes hoje no Ibope”), o que pode ser considerado um certo deslize de precisão (mas a notícia possui data e hora de publicação estampados na parte superior da tela, antes do título).

Apesar de tudo, a notícia parece estar bem adaptada para leitura na web :)

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Fases e características do jornalismo online

Atividade

1) Encontrar exemplos de jornais em cada uma das fases do Jol propostas por Mielniczuk. Justificar.

Transpositivo: Correio do Sul, porque copia exatamente o que sai na edição impressa e ainda exibe as páginas em .pdf. Diário Popular, também tem o exato mesmo conteúdo da edição impressa – e ainda sem as fotos. O Sul (só capa e contracapa em pdf).

Metáfora: Zero Hora, porque explora links e recursos multimídia (embora esses recursos tendam a ser exatamente os mesmos da edição impressa). Também há blogs. Tem também o Jornal Minuano, que mistura notícias da edição impressa com (algumas) (poucas) informações de última hora.

Terceira fase: Folha Online, porque produz notícias especificamente para a Internet (e diferente da Folha de S. Paulo), explorando recursos como links, fotos, infográficos, entre outros. JBOnline, com a mesma justificativa. E Estadão.

2) Observar:
- Portais:
Terra
G1
- Jornais:
Folha Online
Estadão
- Revistas
Omelete
Rabisco

Responder:

a) As características do Jol que estão presentes nos exemplos? Em que medida?
Há diferentes graus de interatividade em todos eles. Nas revistas a interatividade é praticamente mínima (responder enquetes, enviar e-mails). No Terra e no G1 já é bem maior (em tese, dá até para enviar notícias). E nos jornais a interatividade fica em um nível intermediário – também dá para enviar notícias, fotos, etc., mas esse material não fica reunido em um espaço específico (como nos portais). Também dá para fazer comentários nas notícias.
A atualização contínua é maior nos portais, seguido dos jornais, e há menos preocupação com velocidade nas revistas. Quanto à personalização, as revistas são voltadas para públicos mais específicos. Já nos portais e nos jornais as notícias são separadas por editorias (dá para ler só o que interessa, etc..). Os jornais e os portais oferecem feeds separados por conteúdo (caso os leitores queiram receber apenas as notícias de saúde, moda, tecnologia, política...).
A hipertextualidade está presente de certa forma nos três tipos de sites. Mas as revistas tendem a fazer mais links para sites externos do que os portais e os jornais. Há links no meio da matéria nos jornais (mas com remissões internas). Multimidialidade – os portais parecem explorar bem mais isso (até com vídeos no meio das matérias), embora os outros também tenham mais de uma mídia (revistas – fotos e texto; jornais – infográficos, fotos).
Memória – os três tipos de sites apresentam arquivo de banco de dados. Mas nos portais e nos jornais só é possível voltar no tempo por data até um certo ponto. As demais notícias permanecem acessíveis mediante busca. (Os outros tipos de sites também oferecem busca).


b) Há diferenças na redação das matérias? Aponte-as, caso existam.
Sim. A preocupação com a velocidade faz com que nos portais predominem notícias rápidas, em maior quantidade. Nos jornais há menos notícias, mas os textos costumam ser mais longos e menos repetitivos. Já as revistas apresentam textos mais elaborados, com menor preocupação com a atualização e maior cuidado com o conteúdo.


c) A interatividade presente nos exemplos representa alguma mudança na produção de notícias? Explique.
Sim. Os receptores podem participar de forma mais fácil da tarefa de produção de notícias através do envio de notícias, comentários, fotos, e outras informações. Isso também acontece em outras mídias, mas na edição online essa interação pode se dar em tempo real. Em uma enquete, por exemplo, presente nos três tipos de sites, dá para acompanhar o resultado da votação enquanto os votos ainda estão sendo processados. Os sites que permitem comentários (como nos blogs da Folha e do Estadão, ou em algumas notícias do G1) também fazem com que os leitores possam deixar suas impressões sobre a notícia junto ao fato. Isso faz com que cada vez mais a fronteira entre emissão e recepção se torne menos nítida... E a produção de notícias se modifica na medida em que precisa se adaptar para a possibilidade de receber colaboração e feedback em tempo real, e pelo mesmo meio (algo que não acontece nas outras mídias).

Características do Jornalismo Online

Características do JOL: interatividade, hipertextualidade, multimidialidade, memória, personalização e velocidade.

Na matéria da semana retrasada, há um leve resquício acidental de interatividade (o blogger permite que os visitantes façam comentários nas postagens), um pouco de hipertextualidade (o texto remete a outras páginas através de links), algo de multimidialidade (texto e foto; embora essa mesma combinação possa ser obtida em jornal impresso, por exemplo – seria mais interessante se houvesse algum vídeo do YouTube, um infográfico animado ou algo parecido) e talvez memória (no sentido de que a página fica armazenada e pode ser acessada no futuro, e também através do arquivo do blog, por data). A velocidade pode ser percebida no sentido de que o texto foi produzido e publicado quase que simultaneamente (o que permitiria, ao menos um tese, uma atualização contínua, caso realmente se quisesse se utilizar dessa prerrogativa). Não há personalização (a menos que alguém decida assinar o feed do blog e passar a receber as notícias; mas aí não é uma qualidade intrínseca do texto em si, e sim algo que advém da característica da plataforma de publicação do blog; também não se trata de uma publicação sobre interesses específicos).